Cincopes

on 14 fevereiro 2024

PUBLICIDADE - PRATICANDO BRANDING

Se você acompanhou minha news anterior, já tem noção do significado de BRANDING. Agora, vamos falar um pouco como colocar em prática.

A primeira decisão é quanto ao posicionamento, um processo gradual construído por várias mãos até se tornar uma marca relevante e valiosa.

Não existe posicionamento sem a participação ativa do cliente, a melhor pessoa pra dizer o que quer e o que precisa. E é necessária participação de todos, porque só é estratégico quem participa da estratégia.

Seu grande alvo são as pessoas, stakeholders ou não, porque seu valor é de mercado, não de nicho. Pontos de contato mostram sua identidade e criam empatia com as pessoas que se tornarão clientes no futuro ou apenas simpatizantes em sua defesa. Você não precisa usar o produto de determinada empresa para se identificar com seu posicionamento e propósito.

Uma boa estratégia cultural é o marketing de causas, alinhar sua comunicação e propósito para defender ou apoiar causas, tendo o cuidado de não ser agressivo ou dúbio para não virar vitrine.

Há muitos nichos como pet, direitos humanos, inclusão, meio ambiente, diversidade, educação e outros. Muitas empresas já colocam essa política em prática, basta ver os elencos de comerciais, os modelos de família e até atitudes ostensivas como a Victória’s Secrets que trocu suas Angels por modelos fora dos estereótipos de beleza padrão; a Natura com seu Instituto focado na educação e, o Magazine Luiza com a seleção de trainees negros.

Essa decisão deve ser precedida e acompanhada por pesquisas, aprimorando e corrigindo rumos diante da percepção do público, identidade e novas possibilidades.

O branding deve criar uma conexão emocional com o consumidor, provocar sentimentos - satisfação, alegria, orgulho, inclusão ou a simples satisfação de um desejo - que conectem com a marca.

A finalidade do branding vai além de vender produtos, deve provocar sensações e sentimentos. Branding é publicidade, vendas é propaganda.

Para ser colocado em prática com chances de sucesso, é preciso criar uma reputação corporativa e uma cultura organizacional que reflita e replique seus propósitos. A empresa deve ser um todo, alinhar departamentos, envolver setores e conquistar mentes com um único foco: criar conexões autênticas com o cliente.

Muitas empresas, ao se prepararem para o branding, descobrem que precisam de rebranding. A empresa pode precisar se atualizar, repocisionar ou pivotar por fim do ciclo de um produto, evolução do mercado, mudanças no comportamento do consumidor, novas tecnologias e até para superar uma crise.

O rebranding deve ser decidido com cautela. Pode ser uma mudança estratégica, modernização do logo, atualização de slogan, nova tagline ou a revisão da missão, visão e valores, sempre evitando ao máximo abandonar os propósitos originais da empresa.

Marca não é o que está escrito no MIV e nem o que o dono diz. Elas são resultado da percepção do público, do sentimento que provocam nas pessoas e de sua importância em sua vida.

Se alguém defender sua marca sem comprar seu produto ou lamentar sua ausência na prateleira, seu branding é um sucesso.