”As coisas que importam na vida não são mais coisas, são outras
pessoas. São relacionamentos. É a experiência”, Brian Ckesky, CEO do Airbnb
O Século XX foi
da competição. O Século XXI é da cooperação.
O impulso à economia compartilhada
ou colaborativa aconteceu durante a
crise mundial de 2008, e explodiu com a pandemia do Covid19, a partir de 2020,
facilitada pela tecnologia.
As preocupações ambientais, a recessão global, as tecnologias, redes sociais e a redefinição do sentido de comunidade mostraram que o sistema chegou a um limite, impulsionando o modelo econômico baseado em nova mentalidade de consumo e estilo de vida.
Mesmo que reticentes e céticos neguem alguns desses problemas, seríamos ingênuos se não
percebermos que essas mudanças influenciaram novos hábitos de vida.
O consumismo deu lugar
ao 5R - reduza, reuse, recicle,
repare e redistribua, uma mudança iniciada pelos millenials, confiantes de que a
consciência solidária mudará o mundo.
A Geração Z
levou a outro patamar, revolucionando conceitos de vida.
O que nos reserva
a Geração Alfa?
A economia
compartilhada é praticada há anos, principalmente no setor de serviços. Conhecemos
há muito tempo o aluguel de roupas, equipamentos de vídeo, veículos e até
hospedagem, que conheci em Antônio Prado, cidade histórica da serra gaúcha onde
os turistas eram acomodados na casa dos moradores pela falta de infraestrutura
hoteleira.
A economia compartilhada
cria valor em várias esferas – movimenta recursos ociosos, gera renda,
reduz custos de produção, incentiva o empreendedorismo, fomenta a inovação em
modelos de negócios, conecta pessoas, vendedores e compradores e reduz
sensivelmente os custos de transação, evitando que paguemos pelo que não
usamos.
A economia colaborativa
permite suprir necessidades e desejos com baixo custo ao substituir a
posse pelo uso do bem e remunerar o benefício e não o produto..
O foco dos negócios e a comunicação mudaram drasticamente. As
principais estratégias competitivas: liderança de custos, diferenciação e foco
passaram a ser usadas quase que simultaneamente porque as pessoas buscam
experiência social. A qualidade, durabilidade do bem e a reputação da marca têm
importância e a personalização torna
a experiência marcante, gerando um valor que não tem preço.
A economia do compartilhamento é um modelo econômico e social que está
mudando não só o modo como entendemos oferta
e demanda e a nossa relação com os bens materiais, mas também nossas relações pessoais e a visão de mundo das pessoas.
A economia compartilhada se divide em alguns formatos extremamente
rentáveis.
Redistribuição: usando os conceitos reduzir,
reusar, reciclar, reparar e redistribuir, realocando bens com pouco ou sem uso em
áreas rentáveis, como trocas online ou brechós, por exemplo.
Lifestyle colaborativo: comunidades
compartilhando serviços, habilidades, espaço, bens ou o próprio tempo, como coworking e páginas web com conteúdo
profissional, por exemplo.
Acesso a produtos e serviços: locação
por temporada ou período de tempo, assinaturas, cloud machine e serviços SaaS,
por exemplo.
Independente da forma, esses ecossistemas
só são possíveis com a tecnologia pela necessidade de rapidez, segurança,
atualização e disponibilidade.
Segundo a PWC, a economia compartilhada deve gerar uma receita
anual de US$ 335 bilhões em 2025, no
mundo. No Brasil, esse modelo deve superar 30%
do PIB do setor de serviços nos próximos 3 anos.
A economia compartilhada abriu a porta para a economia recorrente, mas isso é para outro texto.
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