“O homem é, por natureza, um animal político”, Aristóteles.
Esse conceito de Aristóteles define que o homem precisa viver em comunidade e encontra a felicidade na justa medida de seus anseios e no meio termo de suas
decisões/ações. Ele é parte da
polis, importante, mas não o mais importante.
Não há como aprovar todas as atitudes de Lula, mas temos que reconhecer que ele se move com a desenvoltura de um felino e é o estereótipo do homem social de Aristóteles.
Seja nos extremos ou no meio, na fé de lá e de cá, nas cores de qualquer
espectro, Lula tem um feeling para governar como poucos. É
o último exemplar de uma linhagem que viveu a política da negociação, boa ou duvidosa, e isso causa estranheza aos novos players ideológicos, teológicos e
fisiológicos da atual safra de políticos.
Nossas críticas sempre são fruto
de nosso pensamento e em nosso proveito. Apesar de muitas serem justas em relação às suas decisões e
manifestações, não somos maioria e nem temos a melhor solução para todos os assuntos.
O presidente nunca agradará totalmente
a esquerda, como nunca atenderá plenamente a direita, se ajusta sabendo que sua eleição não foi uma vitória da esquerda, foi da democracia.
Quando reluta em afagar os
evangélicos, pensa nos quase 80% da população de outras crenças.
Quando não pressiona como
deveria os militares, pensa na direita racional que está órfã de lideranças
confiáveis.
Quando libera recursos para o
agro, que o tem como inimigo, lembra do país.
Quando toma atitudes dúbias no
campo internacional, pensa na geopolítica e fornecedores importantes em óleo,
gás e fertilizantes.
Quando confronta o mercado,
pensa na paz social.
Quando afaga o mercado, pensa
na economia.
Lula nunca liderará um governo de extremos
consciente de que o bom senso está no meio, mesmo que ocasionalmente tenha que dar uma no cravo e outra na ferradura.
Lula tem uma consciência que todo o governante
deveria ter, é presidente de TODOS
os brasileiros.
Haverá o momento em que terá de escolher
batalhas inevitáveis e radicalizar.
Falhou gravemente ao incentivar
o esquecimento de crimes contra a Pátria.
Manter golpistas a salvo e tramando não é conciliação
e nem afasta nuvens perigosas de nosso céu azul anil.
Ele não pode esquecer que o país precisa
dessa limpeza de alma para consolidar nossa democracia e seguir em paz, seguro, sem precisar dormir com um olho
aberto.
Dane-se se doer em quem merece
sentir dor.
Lula ficou devendo essa à nação.
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