O desastre que se abateu sobre o Rio Grande do Sul deve servir de lição ao empreendedor.
TODOS os níveis do estado -
município, estado e união - têm parcela de culpa
por negligência, omissão e incúria. Fizeram a opção de pagar pra ver e a população é que sofreu o impacto de sua
decisão.
Especialistas avisaram com
anos de antecedência, relatórios foram
feitos, estudos apresentados, os
desastres de 2023 deram uma amostra,
mas nada foi suficiente para fazer os governantes tomarem uma atitude preventiva ou preparar uma
estrutura para atender uma tragédia. Ao contrário, cortaram verbas, flexibilizaram
regras, menosprezaram o assunto.
Alguns, negam a mudança climática.
Falta de planejamento, não definir prioridades, processos ineficientes, negação
de riscos, custos mal dimensionados, otimismo exagerado, pular etapas, equipe
homogênea e ego no comando são erros que não podem ser cometidos por um
empreendedor.
Antes de empreender, tenha em
mente que, no Brasil, o custo da oportunidade
é muito alto.
Além das dificuldades naturais
de mercado, concorrência e capital, você enfrentará a carga tributária, burocracia,
monopólios, oligopólios e altos custos financeiros.
Nesse cenário incerto e
desafiador, o erro e o risco são componentes comuns que você
pode mitigar tomando alguns
cuidados.
Ao dimensionar seu sonho, dê um passo
de cada vez e entenda que é preciso tempo
para o negócio amadurecer e atingir o seu máximo potencial produtivo e de mercado. Lembre-se da Curva de Greiner (em meu blog, dividi o tema em seis artigos para
melhor compreensão (https://shre.ink/Cincopes) e não queime etapas.
Começar pequeno faz seus erros
serem pequenos. Aumente a intensidade
após entender o caminho e garantir nenhum ou pouco risco.
Ao montar sua equipe, busque profissionais
para solucionar problemas, alinhados aos seus interesses.
Aprender a reconhecer seus próprios limites,
ter capacidade de buscar ajuda ou
apoio e montar uma equipe multidisciplinar
ágil, horizontal e com inteligência fluida fará seu negócio se consolidar mais
depressa.
E o tempo vai lhe proporcionar algo fundamental, vivência, porque você só conhece as variáveis depois de viver o
negócio. Por mais dicas, manuais e
e-books que você acesse, só o andar da carroça acomoda as melancias.
Os métodos tentativa e erro ou
viver a cultura do erro não
significam assumir mais riscos.
E finalmente, pouco ego, pouco
risco.
Que a tragédia sirva pelo menos para que empreendedores, empresários e gestores públicos aprendam que em gestão nenhum ponto deve ser menosprezado.
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