“Wir werden alles wieder aufbauen, aber besser, solider und fester”, sagte Sigmund Freud
A catástrofe que assola o Rio Grande do Sul o deixou em
estado de calamidade que só será superado com grande esforço e paciência da
população.
Todos os gaúchos sofreram ou viveram de perto a tragédia e o
país e o mundo viram, ouviram, acompanharam os fatos e se solidarizaram.
Nada será como antes é uma expressão perfeita para o momento.
As águas e suas consequências levaram entes queridos,
memórias, bens, esperanças, sonhos... e muitas vidas são só escombros, físicos
e emocionais.
Temos cidades destruídas, campos arrasados, indústrias
destroçadas, economia em frangalhos, vidas ao relento e outras sem destino,
todos unidos em um futuro incerto.
O ser humano é dono de dois potenciais, paradoxais e conflitantes, Tanatos, o destrutivo e Eros, o criativo.
O destrutivo nos
fez menosprezar o meio ambiente, a força da natureza e a preservação da Terra.
Ela também é nosso lar e merece o
mesmo cuidado que nosso jardim, nosso quintal.
O potencial criativo
muda pessoas, muda empresas, muda a sociedade, muda o mundo. É hora de usá-lo.
Escrevo isso porque nossos problemas e perdas pessoais são
infinitamente menores e menos dolorosos do que aqueles diretamente atingidos
pela tragédia.
Diante do caos pós Segunda Guerra, perguntaram a Freud, pai
da Psicanálise, como o homem sobreviveria.
- Construiremos tudo de novo, porém melhor, mais sólido, com
mais firmeza, disse ele.
Diante do luto mundial trágico, Freud confiava na capacidade
do homem de enfrentar e superar um processo doloroso e comum a todos que sofrem
graves perdas.
Seu positivismo deve ser um
mantra para todos, usado sem moderação todos os dias diante de derrotas, erros,
tropeços, fracassos, crises pessoais e perdas.
Se colocar de pé tendo a possibilidade de cair de novo é um
ato de coragem e inteligência. Se recuperar, se recompor é indispensável, afinal,
todos os dias temos pequenas derrotas e, às vezes, grandes tragédias.
Sob os escombros de um abalo emocional profundo há uma brasa
não alcançada pelas águas que, reavivada será a chama da reconstrução com coragem,
amor, determinação e solidariedade.
Isso vai passar e faremos de novo, melhor, mais sólido, mais
firme!
A dor ensina a gemer e, talvez, a votar.
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